sábado, 29 de novembro de 2008

ESTILO CHARME - BY BROTHER JC

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O Charme Music

O termo "charmeiro" é utilizado para designar os apreciadores de uma vertente da Black Music (Música negra americana), conhecida popularmente no Brasil como "Charme", termo usado para o R&B no Brasil , que se desenvolveu a partir do R&B urbano.

Com uma vestimenta social, porém mantendo sempre o seu traço “black”, o charmeiro conserva seu perfil de um negro de bom gosto, romântico e inteligente.

As músicas deste estilo são compostas de forma específica. Elas têm, dentre outras características, um ritmo que é quaternário, muito bem delineado e marcado. Os arranjos são muito bem organizados e chamam a atenção. O trabalho vocal tende sempre a ter uma maravilhosa performance vocal do artista, o que não impede de haver determinadas músicas que não tenham vocal.

O termo "charmeiro" é utilizado para designar os apreciadores de uma vertente da Black Music (Música negra americana), conhecida popularmente no Brasil como "Charme", termo usado para o R&B no Brasil , que se desenvolveu a partir do R&B urbano.

Com uma vestimenta social, porém mantendo sempre o seu traço “black”, o charmeiro conserva seu perfil de um negro de bom gosto, romântico e inteligente.

As músicas deste estilo são compostas de forma específica. Elas têm, dentre outras características, um ritmo que é quaternário, muito bem delineado e marcado. Os arranjos são muito bem organizados e chamam a atenção. O trabalho vocal tende sempre a ter uma maravilhosa performance vocal do artista, o que não impede de haver determinadas músicas que não tenham vocal.

História

A origem deste estilo remonta da época da Soul Music, nos anos 70, cuja execução no Brasil foi realizada por Djs como Mister Funk Santos.

O termo Charme (R&B) foi batizado por Corello DJ, no Rio de Janeiro, em março de 1980. O DJ Corello começou na época a fazer experiências de outras formas de Black Music. Ele introduz a musicalidade do Charme e as pessoas começam a gostar. Ele não tinha dado um nome para essa experiência, mas observou que quem dançava tinha um movimento corporal bem diferenciado. Em um baile no Mackenzie, no bairro do Méier, o Corello convida: “vamos agora ouvir um charminho para você balançar o seu corpo bem devagarinho”. Essa estória do “charminho” ficou na cabeça das pessoas e elas passaram a falar: “agora eu vou pro Charminho, vou ouvir um Charme, vou lá no Corello que vai ter Charme”.

Equipes de Charme e DJs

Com a evolução do movimento, foram formadas equipes de som especializadas em “Charme”, dentre as quais:

- Só Mix Disco Club ("A Número Um do Charme"), comandada por Corello DJ, Fernandinho DJ, Loopy DJ;

- Cassino Disco Club ("O Som do Charme"), comandada por Orlando DJ e Claudinho DJ;

- Soul Charme ("Difícil de Esquecer"), comandada por Arthur DJ e PC DJ;

- Charme Com Elegância ("A Fina Elegância da Black Music"), comandada por Carlão DJ

- Nucleo Do Charme, DJ Calal e Juca

Personalidades do Charme e Artistas Nacionais

O Charme também contou com a participação de personalidades para sua apresentação, coordenação e divulgação, como o DJ Mister Paulão (Black Power), Don Filó e Zezinho Andrade. Artistas também começaram a produzir músicas no Brasil ou a adaptar antigas canções para este gênero musical. Dentre estes cantores destacam-se: Alexandre Lucas (como vocalista da "Banda Fanzine" ou em sua carreira solo), Edmon, Abdula, Marta Vasconcelos, o conjunto Fat Family, Marina Lima e Fernanda Abreu.

As músicas de estilo Charme passaram também a ser executadas nas rádios, nas freqüências FM e AM. Nas décadas de 80 e 90 surgiram vários programas especializados em Charme e outros programas, como os de Funk, passaram a dedicar espaços específicos para a execução de Charme, proporcionando assim maior dimensão ao Movimento Charme.

Bailes Charme

No fim da década de 80 e até meados dos anos 90, os bailes-charme passaram a atrair uma grande quantidade de pessoas. Alguns eventos chegaram a registrar uma freqüência de 5.000 pessoas e isto estimulou inclusive a vinda de artistas internacionais especialmente para se apresentarem nestes bailes, como Sybil e Curtis Hairston.

Servem até hoje como ponto de referência da realização destes bailes, os seguintes locais, no Rio de Janeiro:

- Grêmio Recreativo Vera Cruz, no bairro da Abolição;

- Portelão, em Madureira;

- Disco Voador, em Marechal Hermes (que chegou a ser conhecido como o "Templo do Charme");

- Bola Preta, Avenida Treze de Maio, no Centro da Cidade;

- Clube Marajoara, no bairro Fonseca, em Niterói.

Além das músicas e do trabalho dos DJs, outro atrativo dos bailes é o desempenho de "grupos de dança", que por vezes são expontaneamente formados pelos próprios freqüentadores dos bailes. Estes grupos podem apresentar passos sincronizados e diferenciados de outros. Em algumas ocasiões podem são promovidas competições para avaliação do desempenho de cada grupo e estimular cada vez mais a criação de novos passos de dança, para que sejam apreciados por todos os freqüentadores do baile.

Espaço Cultural Rio Charme

O movimento charme foi então reconhecido e tal fato proporcionou a oportunidade de criação do Espaço Rio Charme. Este espaço, então, se caracteriza peculiarmente por ser em baixo do viaduto Negrão de Lima, no bairro de Madureira, no Rio de Janeiro. Dentre muitos DJs que lá atuaram, um dos iniciadores do espaço foi o DJ Marki New Charm. O espaço é utilizado, além para a promoção de bales charme, para a prática de eventos sociais, como basquete de rua e oficina de arte.

Projeto Rio Charme- Todos os sábados, à partir das 22h
Viaduto Negrão de Lima (Madureira)
A cargo dos djs “A”, Lopy, Michel e Black Jay

Denominações no Movimento Charme

Nesta trajetória desde os anos 80, os charmeiros passaram a classificar as músicas e chamá-las de acordo com a ocasião de respectivos lançamentos, atribuindo-lhes o nome de “flash back” às músicas produzidas até meados dos anos 80 e “midbacks” às produzidas entre o final dos anos 80 e em toda a década de 90. Esta denominação diferenciada das músicas no Movimento Charme também se deve parcialmente à existência de variadas vertentes dentro deste estilo, como por exemplo New Jack Swing, Smooth Jazz e o Quiet Storm, que foram, dependendo de sua época, mais comumente produzidas e executadas.

Com certa regularidade são promovidos bailes de Flash back e midbacks, especialmente para reunião de antigos freqüentadores dos bailes charme. Nestes bailes especiais, é nítida a diferença entre a faixa etária de seus freqüentadores, tradicionalmente chamados de "cascudos", em relação àquela vista em bailes com músicas atuais.

Outros DJs de Charme

- Dj Adesman;

- Dj Michell;

- Dj A;

- Dj Guto;

- Dj Florêncio;

- Dj Daniel do Charme;

- Dj Mão Branca;

- Dj Wilson Funk Show;

- Dj Claysoul.

Hits Nacionais

Criança - Marina Lima (http://letras.terra.com.br/marina-lima/88214/);

Toda Noite - Edmon;

Uma História de Amor - Banda Fanzine ;

Você Pra Mim - Fernanda Abreu (http://letras.terra.com.br/fernanda-abreu/69077/);

Flor do Futuro - Claudio Zoli / João Marcelo Bôscoli (http://letras.terra.com.br/claudio-zoli/105610/);

Você Vai Estar na Minha - Negra Li (http://letras.terra.com.br/negra-li/714536/);

Só Eu e Mais Ninguém - Margareth Menezes (http://letras.terra.com.br/margareth-menezes/253909/);

Eu Não Vou - Fat Family (http://letras.terra.com.br/fat-family/45984/).

Hits Internacionais

Make It Last Forever - Keith Sweat & Jackie McGhee (http://letras.terra.com.br/keith-sweat/556028/) - Por muitos é considerada esta música o "Hino do Charme" - ;

Happy - Surface (http://letras.terra.com.br/surface/1268879/);

Stay - The Controllers;

The Morning After - Curtis Hairston;

Keep on Movin' - Soul II Soul (http://letras.terra.com.br/soul-ii-soul/836673/);

Just Like That - Zhané;

Come With Me - Tania Maria (http://letras.terra.com.br/tania-maria/1262844/);

The Finest - The SOS Band (http://letras.terra.com.br/sos-band/451460/);

Living In The Light - Caron Wheeler;

I Wanna Be Where You Are - Sybil;

Another Man - Barbara Mason;

Change of Heart - Change;

Gonna Make You Mine - Loose Ends;

Tonight It's Goin' Down - Babyface (http://letras.terra.com.br/babyface/677912/);

Living Inside Myself - Aurra;

Roses are Red - Mac Band;

Make Life Worth Living - Mac Thornhill;

Can't Get Enough - Pink Rythm Feat;

My Apple Heart - Lisa Stansfeld (http://letras.terra.com.br/lisa-stansfield/333832/).

Movimento Charme Como Aspecto Cultural

Os Bailes-Charme são desta forma eventos onde são executadas as músicas desta natureza, nos quais seus freqüentadores primam pelo estilo elegante de suas roupas, e prezam originalmente pelas cores e nas referências ao caráter afro nos penteados e acessórios, sem falar na variada gama de seus passes danças, desenvolvidas no salão, ao som das músicas tocadas pelo DJ.

O Baile-Charme consiste então como um movimento popular cultural que propõe uma reinvenção da identidade cultural negra, expressa através das danças, da música, das roupas, da disseminação de valores de respeito ao próximo e da cordialidade.

O Charme pode ser considerado a mais perfeita hibridização,1 da cultura popular internacional urbana resultante dos vários segmentos da música negra que deram suporte ao movimento Black Rio nos anos 70. Sua denominação —Charme—deve-se ao dj Corello que atribuiu esse nome em função das expressões corporais típicas das coreografias em decorrência do r&b —estilo musical mais melódico e cadenciado—. Embora seja resultado da hibridização de diversos ritmos negros estadunidenses, o Charme só é conhecido com esse nome no Rio de Janeiro.

RESUMO
O Charme é uma manifestação cultural popular urbana hibridizada, específica da cidade do Rio de Janeiro. Os bailes realizados em diversos bairros são freqüentados, em sua maioria, por adultos. Trabalha-se com a hipótese de que esses espaços de lazer e sociabilidades sejam, também, freqüentados por jovens. Através da participação em muitos eventos, observa-se a presença de indivíduos jovens, que se encontram em grupos ou que surgem sozinhos. As conversas compartilhadas com alguns deles têm como objetivo compreender de que maneiras elegem o baile como espaço de elaboração de suas identidades a partir das relações estabelecidas com seus pares. O entendimento de que os bailes são, também, espaços intergeracionais é importante para perceber como são tecidas as relações entre jovens e adultos. Por último, identificam-se quais as contribuições que a presença juvenil e suas expressões culturais trazem para a continuidade do Charme, além de possíveis transformações que essa mesma presença pode produzir, e com isso, ressignificar esse movimento cultural.

Apoio ao Estilo:

Comunidade Funk Melody & Charme Hits

comunidade_melody_e_charme2

Limk: http://www.orkut.com/community.aspx?cmm=43383278

By Brother JC

Um comentário:

  1. wlw, brother jr, foi show viajar pelo seu blog, eu hoje em dia não mexo mais com som, mais eu era o Dom Markinho mc dj, da antiga equipe Rio Dance e curti muito dos baile mencionado no seu espeço tenho muitos cds de charme e sempre estou curtindo esse som inesquecivel, Fé e paz pra vc.
    pode mandar material pra mim sobre o charme e o funk melody, pra mim (markson27@hotmail.com). te agradeço.
    Forte abraço

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