sexta-feira, 2 de setembro de 2011

ANOS 80 - UMA VIAGEM NO TEMPO

As músicas e os artistas que preencheram as matinês, as discotecas, as rádios e as telas de cinema do mundo inteiro, naquela época. Você vai matar saudades de uma trilha sonora que marcou sua vida, e que também pode ser conferida na programação da sua rádio predileta! Vai ter a chance de lembrar de eventos marcantes na história da música, como os shows e festivais da década. A partir de agora, você vai embarcar numa viagem no tempo. Divirta-se
Bailinhos e matinês
A década de 80, para quem curtiu a adolescência, foi recheada de bailes e matinês, onde as baladas românticas da época eram tocadas à exaustão. E quem disse que alguém se cansava? Veja abaixo alguns dos principais sucessos dos casaizinhos de outrora:
Alphaville - Forever Young
Nelson - Only Time Will Tell
Bangles - Eternal Flame
Berlin - Take My Breath Away
Bonnie Tyler - Total Eclipse of the Heart
Brenda Russell - Piano in the Dark
Bryan Adams - Heaven
Carly Simon - Coming Around Again
Century - Lover Why?
Chris de Burgh - Lady in Red
Cindy Lauper - Time After Time
Crowded House - Don't Dream It's Over
Diana Ross e Lionel Ritchie - Endless Love
Dire Straits - Why Worry
Elton John - Nikita
George Michael - Careless Whisper
Glenn Medeiros - Nothing's Gonna Change My Love for You
Gloria Estefan - Don't Wanna Lose You
The Housemartins - Build
Jim Diamond - I Should Have Known Better
Kenny Rogers - Lady
Kim Carnes - Betty Davis Eyes
Lillo Thomas - Just My Imagination
Lionel Ritchie - Hello e Say You, Say Me
Mr. Mister - Broken Wings
Nikka Costa - On My Own
Patrick Swayze e Wendy Fraser - She's Like the Wind
Paul McCartney e Stevie Wonder - Ebony and Ivory
Paul Young - Everytime You Go Away
Peter Cetera - Glory of Love
Phil Collins - Against All Odds (Take a Look at Me Now)
The Police - Every Breath You Take
Prince - Purple Rain
Queen - Love of My Life
Rod Stewart - Sailing
Sade - Smooth Operator
Simply Red - Holding Back the Years
Sinead O’Connor - Nothing Compares to You
Stevie Wonder - I Just Called to Say I Love You
Tina Turner - Private Dancer
Tracy Chapman - Baby Can I Hold You?
U2 - With or Without You
Whitesnake - Is This Love?

O que rolava na discoteca...
Muito antes do surgimento do techno e da evolução dos DJs, ocorrida no final da década, era a boa música dançante e pop que reinava nas pistas oitentistas. Ainda eram tocados alguns sucessos dos anos 70, mas outros hits continuam na memória de muita gente. Confira na lista abaixo se você já dançou algum deles:
A-Ha - Take on Me
Bangles - Walk Like an Egyptian
The B-52's - Private Idaho, Legal Tender
Cindy Lauper - Girls Just Wanna Have Fun
Culture Club - Karma Chameleon
Dee-Lite - Groove is in the Heart
Erasure - A little Respect, Oh l'amour
Glenn Frey - The Heat is on (trilha sonora de Um Tira da Pesada)
Huey Lewis and the News - The Power of Love (trilha sonora de De Volta para o Futuro)
Information Society - Tell Me What's on Your Mind
Kenny Loggins - Footloose
Los Lobos - La Bamba
MC Hammer - U Can't Touch This
Milli Vanilli - Girl You Know It's True
New Order - Bizarre Love Triangle
Oingo Boingo - Stay, Just Another Day, Dead Man's Party
Paula Abdul - Straight Up, Hush
Pet Shop Boys - Domino Dancing, Always on My Mind
Prince - Kiss
Rick Astley - Never Gonna Give You up, Together Forever
Rod Stewart - Do Ya Think I'm Sexy?
Sandra - I'll Never Be (Maria Magdalena)
Sigue Sigue Sputnik - Love Missile F1-11
Wham! - Wake Me up Before You Go
Figurinhas carimbadas nas rádios
Havia ainda os artistas e bandas que praticamente mandavam nas paradas de sucessos. Em qualquer estação, era fácil reconhecer as canções listadas abaixo, e sair cantando junto. Poderíamos até não saber o nome de alguns artistas, mas sua música era inconfundível!
 The Bolshoi - Sunday Morning
Billy Joel - Uptown Girl
Bruce Springsteen - Born in the USA
Christopher Cross - Arthur's Theme, Sailing
The Cure - In Between Days, Boys Don't Cry
Dan Hartman - I Can Dream About You
Debbie Gibson - Electric Youth, Lost in Your Eyes
Desireless - Voyage, Voyage
Dire Straits - Sultans of Swing, Money for Nothing
Double - The Captain of Her Heart
Duran Duran - Notorious
Eurythmics - Sweet Dreams, When Tomorrow Comes
Freestyle - It's Automatic
Fine Young Cannibals - She Drives Me Crazy
Gazebo - I Like Chopin
Genesis - Invisible Touch
INXS - Never Tear us Apart
Jimmy Cliff - Reggae Night
Men at Work - Who Can it Be Now, It's a Mistake, Down Under
Paul Mc Cartney & Michael Jackson - Say Say Say
Pet Shop Boys - West End girls
Phil Collins - Easy Lover, One More Night
The Police - Message in a Bottle, King of Pain
The Pretenders - Don't Get Me Wrong, Back on the Chain Gang
Queen - We Are the Champions, Love of My Life
Simple Minds - Don't You (Forget About Me), Alive and Kicking
Simply Red - Come to My Aid
The Smiths - The Boy With the Thorn in His Side, Ask, Panic
Sting - If You Love Somebody Set Them Free
Supertramp - The Logical Song, Dreamer
Suzanne Vega - Luka
Stevie B - Funk Melody
Talk Talk - It's My Life
Tears for Fears - Shout, Everybody Wants to Rule the World
Terence Trent D'Arby - Wishing Well
U2 - I Still Haven't Found What I'm Looking For
UB40 - I Got You Babe
Van Halen - Jump
Wax - Right Between the Eyes
Festivais anos 80
Os anos 80 foram especialmente marcantes para a música pop internacional. No Brasil, seus primeiros reflexos despontaram nos grandes festivais de música. Entre 11 e 20 de janeiro de 1985 aconteceu a primeiríssima edição do já famoso Rock in Rio. Quase 1 milhão e 200 mil pessoas conferiram apresentações de seus ídolos nacionais e internacionais, sendo que os primeiros 4 dias foram os mais lotados, com mais de 200 mil pessoas cantando ao som de James Taylor, George Benson, Queen, Scorpions e Yes, entre outros. O
festival se repetiu mais duas vezes, em 1991 e 2001, e teve até uma franquia em Lisboa, em 2004: o Rock in Rio Lisboa.
O Hollywood Rock aconteceu pela primeira vez no mês de janeiro de 1988. Com shows no Rio de Janeiro e em São Paulo, atraiu menos gente do que seu predecessor mas nem por isso teve menos empolgação. Essa ficou garantida com as apresentações de Pretenders, UB40, Simple Minds, Simply Red, Duran Duran e Supertramp, somente para citar as estrelas internacionais. O festival aconteceu novamente 2 anos depois, desta vez com artistas do calibre de Bob Dylan, Tears for Fears, Marillion e Bon Jovi, entre outros.
Os shows da década de 80 – quem esteve por aqui.Foi há cerca de 30 anos que o mundo da música descobriu o Brasil. Ainda na década de 70, alguns músicos como Rick Wakeman, Alice Cooper, Santana e Genesis chegaram ao País com sua trupe e deliciaram milhares de fãs. Na década de 80, tudo isso mudou: foram pelo menos 20 shows marcantes ao longo de dez anos e nas décadas seguintes o número só tem fez aumentar.
Ídolos do rock e do pop não se cansam de dizer que o Brasil tem um dos melhores públicos do mundo. Que o diga Frank Sinatra: em 1980! “A Voz” abriu a década num show memorável, para mais de 170 mil pessoas no Maracanã, Rio de Janeiro. E foi lá também que cantou sua música mais conhecida "Theme from New York". O show entrou para o Guinness Livro dos Recordes, com o maior público, e só seria batido por Paul Mc Cartney em 1990, também no Maracanã, com cerca de 185 mil pagantes. Veja abaixo outros shows que marcaram a década:

Qeen

(20 de março de 1981 – Estádio do Morumbi, São Paulo): Este show era para ter acontecido no Rio de Janeiro, mas por conta de conflito de datas e interesses, o show veio para São Paulo. Sorte do público paulistano, que pôde cantar junto com Freddie Mercury os grandes sucessos da banda. O Queen só iria se apresentar no Rio de Janeiro 4 anos depois, no supracitado Rock in Rio

The Police

(16 de fevereiro de 1982 – Ginásio do Maracanãzinho, Rio de Janeiro): No auge do sucesso, o Police veio para o Brasil fazer um show em véspera de Carnaval. Tanto por isso, quanto pela falta de conhecimento da banda pelo público nacional, o show não fez tanto sucesso quanto deveria, mas deixou sua marca: o Police conseguiu um novo público e Sting se apaixonou pelo Brasil, tanto que foi morar com os índios e...bem, isso já é uma outra história

Van Halen

 (21 de março de 1983 – Ginásio do Ibirapuera, São Paulo): Na véspera de lançar o disco 1984, o Van Halen veio ao Brasil com tudo o que tinha direito: o virtuosismo de Eddie Van Halen, as poses de David Lee Roth, os grandes sucessos e o som super-alto, marca de bandas do gênero, o chamado "Arena Rock", fora dos padrões da época. Até Cazuza quis conhecer a banda e organizou uma festa em sua casa para recebê-los. Chegou atrasado e perdeu toda a farra

Kiss
(18 de junho de 1983 – Estádio do Morumbi, São Paulo): A primeira visita da banda ao Brasil marcou uma virada em sua carreira: foram mais de 125 mil pessoas, batendo o recorde da banda e tornando-se o maior em toda a sua história. Foi também o último com a famosa maquiagem que os integrantes usavam. Apesar das exigências — os organizadores de shows ainda não estavam acostumados ao estrelismo dos rock stars e a, por exemplo, farta quantidade de champagne francês e toalhas brancas — o show foi tudo o que os fãs, também maquiados como seus ídolos, esperavam: muito barulho, rock n'roll e pirotecnia.
The Cure
(20 de março de 1987 – Gigantinho, Porto Alegre): Era a primeira vez que os músicos ingleses visitavam o Brasil. Na agenda, 2 shows em Porto Alegre, só para começar. Depois, veio o Sudeste. Mas foi em Porto Alegre que o The Cure teve um aperitivo do que seria esta turnê. Dois shows superlotados, 23 músicas por noite e 5 bis. Depois de tudo isso, a única reação do vocalista Robert Smith foi declarar:"Eles são selvagens." (no bom sentido, claro!)
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Echo & the Bunnym
(09 de abril de 1987 – Gigantinho, Porto Alegre): Dois meses depois do The Cure, foi a vez da banda do também inglês, Ian McCulloch, tomar a cidade. O show foi tão memorável que cópias piratas em fita cassete eram vendidas em Londres, nos mercados ao ar livre. Também foi a maior platéia da banda (7 mil pessoas) e no repertório, os hits esperados e covers de The Doors, James Brown e Rolling Stones deram um toque inusitado à apresentação.
Bruce Springsteen
(12 de outubro de 1988 – Parque Antártica, São Paulo): Era um show político. Em pleno feriado, o estádio do Palmeiras recebeu astros como Sting, Peter Gabriel e Youssou N’ Dour num concerto pelos Direitos Humanos. Bruce Springsteen encerrou a noite com os recentes sucessos, do disco Born in the USA, e colocou todo mundo para dançar com “Twist and Shout” dos Beatles. Após quase 3 horas de música, o público não podia ter esperado melhor encerramento.
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Eric Clapton
(20 de outubro de 1990 – Olympia, São Paulo): Clapton teve um período de altos e baixos antes de vir ao Brasil. Em 1988, lançou a coletânea Crossroads, e no ano seguinte, Journeyman. Foi principalmente com esse material que ele se apresentou em São Paulo e no Rio de Janeiro. Por outro lado, havia acabado de perder 4 amigos em acidentes. Steve Ray Vaughan, também guitarrista, era um deles. O público de São Paulo era bastante heterogêneo e fanático, o que colaborou para um show inesquecível
Paul McCartney
(21 de abril de 1990 – Maracanã, Rio de Janeiro): Era a primeira visita de um ex-beatle ao Brasil. A expectativa era tanta que nem a chuva assustou os fãs. Foram cerca de 185 mil pagantes, num show que entrou para o Guinness Livro dos Recordes. Paul cantou músicas de todas as fases de sua carreira. Brincou com o público, falou português, liderou um coro gigante ao cantar "Hey Jude" e emocionou muito. A chuva não parou e nem o show. Os fãs acompanharam tudo de perto.

1982: O primeiro ano do resto de nossas vidas
O ano de1982 foi especial para dois ídolos da música pop: Michael Jackson e Madonna. O Rei do Pop, como é mais conhecido entre os fãs, lançou seu disco mais famoso neste mesmo ano:Thriller bateu todos os recordes de venda e até hoje consta no Guinness Livro dos Recordes como o disco mais vendido de todos os tempos, num total de 63 milhões de cópias.

A faixa título também ficou marcada pelo clipe de mais de 11 minutos, cheio de efeitos especiais e muita dança. Se por um lado Michael consolidava sua carreira, Madonna apenas começava. Em 1982, ela lançou seu primeiro compacto, com a faixa "Everybody". A capa da gravação não tinha sua foto, numa estratégia da gravadora para fazer o público pensar que era uma cantora negra. É claro que não convenceu a ninguém.
No ano seguinte, Madonna lançou seu primeiro LP, Borderline, e desde então ocupa as paradas musicais no mundo inteiro até hoje, aos 45 anos. Seu mais recente trabalho, Confessions on the dance floor, será lançado ainda este ano.


Thriller
B
USA for Africa

Artistas freqüentemente se envolvem com ações humanitárias. O exemplo mais recente foi a reedição do Live Aid de 85 rebatizado de Live 8, em 2005, onde músicos de diferentes nacionalidades se reuniram em 14 metrópoles do mundo para arrecadar fundos para combater a fome na África.
O Live Aid aconteceu em 13 de julho de 1985, e o Live 8 em 02 de julho de 2005, ambos pela iniciativa do músico inglês Bob Geldof. Até hoje, milhões de dólares foram arrecadados para combater a fome e a pobreza no continente, e se depender de Geldof, a iniciativa não pára por aí.

Porém, pouco antes do Live Aid, há 20 anos, um outro grupo de artistas se juntou para a gravação de um single em prol das crianças africanas. Foi o USA for Africa. Em janeiro de 1985, Michael Jackson e Lionel Richie compuseram "We are the World", cuja gravação contou com 44 ídolos da música internacional, como Stevie Wonder, Diana Ross, Bruce Springsteen, Bob Dylan entre outros muitos famosos da época. O disco ficou em primeiro lugar nas paradas de vários países e por muitas semanas, e no final, 50 milhões de dólares foram arrecadados da venda de quase 8 milhões de discos.


Usa for Africa
Fonte e creditos: Antena 1
Rock brasileiro na década de 1980
O rock brasileiro da década de 80, também considerado por muitos como pop rock nacional dos anos 80, foi um movimento musical que surgiu já no início da década. Ganhou até mesmo um apelido, o BRock, dado por Nelson Motta. É caracterizado por influências variadas, indo do new wave, passando pelo punk e o próprio conteúdo pop emergente do final da década de 70. Ainda assim, em alguns casos, tomou por referência ritmos como o reggae e a soul music . Suas letras falam na maioria das vezes sobre amores perdidos ou bem sucedidos, não deixando de abordar é claro algumas temáticas sociais. O grande diferencial das bandas deste período era a capacidade de falar sobre estes assuntos sem deixar a música tomar um peso emocional ou político exagerados. Fora a capacidade que seus integrantes tinham de falar a respeito de quase tudo com um tom de ironia, outra característica marcante do movimento. Outra particularidade típica foi o visual próprio da época; cabelos armados ou bastante curtos para as meninas, gel, roupas coloridas e extravagantes para os meninos e a unissexualidade de tudo isso, herança direta do Glam Rock de Marc Bolan, David Bowie e seus discípulos, como o Kiss e The Cure.
Tudo começou com o surgimento de bandas como a Gang 90 e as Absurdettes, seguida por sua contrapartida carioca, a Blitz e seu grande sucesso "Você não soube me amar", de 1982, tendo integrantes como Lobão, Evandro Mesquita e Fernanda Abreu, artistas em voga até hoje. O sucesso iminente dessas bandas impulsionou o lançamento de produtos infantis como revistas em quadrinhos e álbuns de figurinhas, tamanha a popularidade obtida com este público específico. O auge da Blitz aconteceu em 1985, no show do Rock in Rio. Liderada por Evandro Mesquita, a banda tinha como característica marcante as performances teatrais no palco, que se tornaram grandes brincadeiras responsáveis pela animação coletiva do público que comparecia aos shows. Mas não eram apenas apresentação musicais: envolviam música e muita interpretação, o que tornaria o show da banda um referencial de espetáculo para os músicos que começavam a surgir. O sucesso da Blitz foi a porta de entrada para outras bandas que ensaiavam escondidas em suas garagens.
Em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Brasília pipocavam bandas no início dos anos 80. No sudeste do país, o Rio de Janeiro revelou vários conjuntos. Os shows no “Circo Voador”, local que se tornou o berço de várias bandas que estouraram naquela época, revelaram Paralamas do Sucesso, Kid Abelha e Os Abóboras Selvagens, Gang 90 e as Absurdettes, Barão Vermelho, entre outras. Destas, as que tiveram mais destaque (e continuam tocando e fazendo relativo sucesso até hoje) são os Paralamas, Kid Abelha e Barão Vermelho. 
Estas últimas remanescentes reúnem muitas das características do rock daquela geração. Os Paralamas do Sucesso, por exemplo, apostaram na mistura do rock com reggae e ritmos africanos, exemplificado nas faixas do disco "Selvagem?", de [[1986] especialmente em "Alagados" e "A Novidade". Tudo isso, adicionado a um apelo pop influenciado pelo rock inglês da época, formou um tipo de som considerado revolucionário ao público e crítica daqueles anos. A banda também mostrou, principalmente no disco anterior,“O Passo do Lui”, muitas influências da banda inglesa “The Police”.
O Kid Abelha apostou mais no som com influências do pop, da new wave e da jovem guarda. Músicas como “Por Que Não Eu?”, “Como Eu Quero”, “Pintura Íntima” e “Fixação” são seus exemplos mais vivos.
Já o Barão Vermelho fixou-se no rock mais tradicional, aliado à força das letras poéticas do vocalista Cazuza. Em seus primeiros passos como uma banda, no começo da década, suas influências diretas eram o blues e o rock'n roll clássico dos Rolling Stones. Canções como “Maior Abandonado”, “Bete Balanço” (ainda com Cazuza na banda) e “Pense e Dance” (com Roberto Frejat assumindo os vocais depois da saída de Cazuza em carreira solo) são algumas das mais marcantes da geração Coca-Cola.
As bandas paulistas também tiveram importante papel no cenário que havia se formado. Algumas das principais referências vindas deste estado eram Ultraje a Rigor, RPM, Titãs e Ira!.
Influenciados pelo punk e pelo rock mais pesado, o IRA! e os Titãs trilharam caminhos parecidos. Ambas tiveram como característica os altos e baixos nos números de vendas de discos. Além disso, uma curiosidade que liga especialmente as duas bandas: em 1985, Titãs e IRA! trocam de bateristas, saindo Charles Gavin do IRA! e indo para os Titãs, e André Jung fazendo a trajetória inversa. Ambos ainda tocam com suas respectivas bandas até hoje.
O Ultraje a Rigor, a exemplo do Barão Vermelho no Rio de Janeiro, apostou todas as fichas na força do puro rock'n roll. Mas as duas bandas tinham uma grande diferença. Enquanto a banda liderada por Cazuza e Roberto Frejat calcava a carreira cada vez mais na seriedade de suas letras (que questionavam, entre outros assuntos, as condições da sociedade da época), a banda liderada por Roger Moreira falava destes problemas com ironia e um deboche escrachado. Músicas como "Inútil" - citada até pelo político Ulisses Guimarães na época das "Diretas Já" - viraram hinos da juventude bem humorada e cansada dos tempos difíceis da ditadura, tanto pelo aspecto econômico quanto por outros problemas que cresceram no país, durante os anos 80. Curiosidade: o riff de guitarra de "Inútil" foi composto pelo guitarrista da banda na época, Edgar Scandurra, que depois se tornaria guitarrista e principal compositor do IRA!.
São Paulo trouxe à tona também o maior fenômeno de vendas das bandas dos anos 80. O RPM, liderado pelo carisma do vocalista Paulo Ricardo, quebrou recordes de vendagens de discos e de shows no país, em um fenômeno nunca antes visto em terras brasileiras. Faixas como “Rádio Pirata”, “Louras Geladas”, “Olhar 43” e “A Cruz e a Espada”, do primeiro disco da banda, "Revoluções Por Minuto", foram sucessos em rádios de todo o Brasil. Para aproveitar o sucesso, um ano depois do primeiro disco eles lançam “Rádio Pirata Ao Vivo”. As versões ao vivo de músicas já consagradas do primeiro álbum, mais faixas inéditas (“Alvorada Voraz”) e covers (“London London”, de Caetano Veloso) agradaram em cheio o público, fazendo com que o álbum vendesse 2,2 milhões de cópias. As características da banda são baseadas na mescla de teclados, sintetizadores, guitarras e baterias eletrônicas em alguns momentos, aliados ao vocal carismático de Paulo Ricardo, que virou símbolo sexual da época.
O Rio Grande do Sul, apesar de afastado do eixo Rio - São Paulo, revelou bandas importantes do cenário rock dos anos 80. Os destaques foram as bandas Engenheiros do Hawaii e Nenhum de Nós.
Os Engenheiros do Hawaii surgem no ano de 1986, com o disco “Longe Demais das Capitais”. As letras do vocalista Humberto Gessinger chamaram a atenção pela crítica ácida aos padrões da sociedade da época e, durante os discos seguintes da banda, arrebanharam milhões de fãs fiéis em todo o país. Durante a década, a característica principal da sonoridade dos Engenheiros era o entrosamento dos três integrantes. Humberto Gessinger, que assume o baixo no segundo disco, "A Revolta dos Dândis", de 1987; Augusto Licks, guitarrista que se junta à banda depois do lançamento do primeiro disco; e Carlos Maltz, baterista, eram os músicos que tinham como influências bandas como o "Rush" e "Emerson, Lake and Palmer", sempre misturando o rock com as sonoridades tradicionais gaúchas, do estado do Rio Grande do Sul.
O Nenhum de Nós nasce em 1987, com o disco "Nenhum de Nós". A banda, liderada pelo vocalista e baixista Thedy Corrêa, tinha influências de rock inglês, música folk americana e elementos da música regional gaúcha, a exemplo do Engenheiros do Hawaii. As características da banda são vistas em músicas como "Camila, Camila" e "Astronauta de Mármore", uma versão de "Starman" do roqueiro inglês David Bowie  
Em Brasília existia um circuito de bandas. Tudo começou com o Aborto elétrico (1980), banda formada por Renato Russo(voz e guitarra),Fé Lemos(bateria) e seu irmão Flávio Lemos(baixo). No ano em que o Aborto se separou, surgiram as bandas de Brasília Plebe Rude, Legião Urbana e Capital Inicial, que depois se tornaram famosas.
Da Bahia surgiu a banda Camisa de Vênus, liderada por Marcelo Nova, amigo e sob nítida influência de Raul Seixas, e também do punk rock inglês. Havia muita resistência das gravadoras ao nome da banda, considerado de difícil divulgação. Seu principais sucessos são "Simca Chambord", "Sílvia Piranha", "Eu não matei Joana D'Arc".
Hoje em dia, há uma movimentação que mostra algumas bandas do BRock voltando à ativa, mesmo que apenas para shows. O saudosismo do público com os artistas daquela época colabora para que a "onda anos 80" esteja mais forte do que nunca, marcando inúmeros lançamentos de coletâneas, remasterização de discos, livros sobre a época e sites de discussão na Internet.
As influências
Acompanhando as tendências mundiais o rock and roll aportou no Brasil ainda nos anos 50. Nos anos 60 com a Jovem Guarda, o ritmo difundiu-se e tornou-se nacionalmente popular através de versões ingênuas para o português de sucessos estrangeiros apreciados por jovens bem comportados.
Os anos 70 ficaram conhecidos como os anos de chumbo.
O rock torna-se um poderoso elemento na cultura de massa sacudindo comportamentos sociais através da Tropicália que fazia uma antropofagia cultural, absorvendo elementos externos e combinando com a nossa cultura, universalizando assim o conceito de arte. Foi um expoente de resistência à forte repressão dos direitos civis da época, sobrevivendo sufocado por uma ira contida.
O movimento
Na década 80 o rock teve seu último grande estouro com o aparecimento de dezenas de bandas nacionais que dominaram a cena musical no Brasil.
Era o fim da ditadura militar com a abertura democrática, a campanha Diretas Já, a eleição indireta de Tancredo Neves e sua morte, a posse de José Sarney e o Plano Cruzado.
Bandas com perfil rebelde, sacudiram o país de norte a sul, rompendo de vez com as amarras do sistema impostas aos filhos da Revolução, palavras raivosas foram ditas numa voracidade crua sem filosofias ou compromissos, e por isso mesmo traduziam um real sentimento, escancarar a realidade. Um notável mar de verdades certeiras influenciaram os jovens que passaram a compor e a cantar em seu próprio idioma o ritmo que mais curtiam o Rock and Roll, trazendo de volta ao topo das paradas nacionais, a língua Portuguesa.
As bandas nacionais despontavam e ocupavam cada vez mais espaço na programação das rádios, nos programas de auditório na TV e até no cinema. Eram ousadas, contestadoras e geograficamente dispersas.
Esse movimento ficou conhecido como Rock Brasil, que também foi chamado por Nelson Motta de BRock.
O fim
O sucesso rápido e sem limites foi grande inimigo das bandas, causando brigas, separações e o fim de muitas.
No final dos anos 80 houve a volta da inflação com nova troca de moedas de Cruzado para Cruzado Novo. No início da década de 90, com a era Collor, novos planos econômicos e novas mudanças de moedas de Cruzado Novo para Cruzeiro, o confisco da poupança, as mortes de Cazuza e Raul Seixas, o domínio da música sertaneja na mídia que causou protestos e reclamações, a explosão do Axé Music influenciando o surgimento de vários grupos de Pagode.
As letras não eram mais contestadoras nem questionadoras.
Mas a semente já havia florecido e dava frutos, o movimento estudantil foi as ruas pressionar a Imprensa e o Congresso Nacional pelo Impeachment de Collor. Com frases "Fora Collor" pintadas nos rostos, ficaram conhecido como os Cara Pintadas.
Bandas
• Dr. Silvana e Cia
• Ritchie
• Barão Vermelho
• Legião Urbana
• Aborto Elétrico
• Capital Inicial
• Paralamas do Sucesso
• João Penca & Seus Miquinhos Amestrados
• Rádio Táxi
• Camisa de Vênus
• Blitz
• RPM
• Espírito da Coisa
• Ultraje a Rigor
• Eduardo Dusek
• Léo Jaime
• Tokyo
• Kid Abelha / Kid Abelha e Os Abóboras Selvagens
• Titãs
• Lulu Santos
• Plebe Rude
• Kiko Zambianchi
• Lobão e os Ronaldos
• Gang 90 e as Absurdettes
• Ira!
• Absyntho
• Engenheiros do Hawaii
• Nenhum de Nós
• Biquini Cavadão
• Inocentes
• Herva Doce
• Picassos Falsos
• Metrô
• Zero
• Hojerizah
• Detrito Federal
• Garotos Podres
• Garotos de Rua
• Replicantes
• De Falla
• Hanói-Hanói
• Cascavelletes
• TNT
• 14. Andar
• Heróis da Resistência
• Finis Africae
• Sempre Livre
• Magazine
• Inimigos do Rei
• Violeta de Outono
• Joe Euthanázia
• Brylho
• Uns e Outros
• Manhas e Manias
• Vestidos de Espaço
• Grafite
Bom Bom
• Obina Shock
Fonte: frashback mania

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