segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Primeira edição do Rio Parada Funk reúne 15 mil pessoas

 
A primeira edição do Rio Parada Funk, no centro do Rio de Janeiro, reuniu cerca de 15 mil pessoas, segundo a Polícia Militar.
O evento, que começou às 11h da manhã, contou com a participação de várias atrações em diversos palcos montados no local. O público assistiu de graça os shows com muita animação, acompanhando as letras das canções.
"Esse é um passo importante para as conquistas recentes que o funk obteve nos últimos anos. Esperamos que o Rio Parada Funk entre no calendário cultural da cidade", disse MC Leonardo, um dos organizadores do evento e presidente da Apafunk (Associação dos Profissionais e Amigos do Funk).
Até o fim da tarde não havia sido registrado nenhum incidente. Apenas por volta das 18h uma briga entre os funkeiros causou confusão e correria. "Foi de repente. Saí machucado e estou me sentindo enjoado", disse Eliel da Silva, 20, que acabou se perdendo dos amigos no tumulto
Policiais militares e agentes da Guarda Municipal conseguiram controlar a briga, que se repetiu por, pelo menos, duas vezes.
De acordo com o major Leandro Carvalho, da PM, a partir das 18h tendem a ocorrer mais problemas. "Eles já consumiram muita bebida alcoólica e alguns elementos estão aqui só para tumultuar", disse.
A maioria dos funkeiros, no entanto, aproveitou a festa sem violência. "Estou gostando muito, valeu a pena ter atravessado a ponte", afirmou Márcia Correia, 31, que mora em Niterói, na região metropolitana do Rio.
O evento estava previsto para terminar às 22h. Pela manhã, uma equipe do Sebrae esteve no local cadastrando os músicos e artistas como empreendedores individuais. Mais de 40 cadastros foram efetuados.
Todas as atrações, como a equipe da Furacão 2000, MC Mano Teko, MC Sabrina e DJs como Bochecha e Tubarão, não cobraram cachê com o objetivo de promover o estilo musical.

 O DJ Malboro foi prestigiar o evento. “Acho legal. É mais um evento que vem mostrar que o funk faz parte do movimento cultural. A gente passou muito perrengue. Eu mesmo, em 86, tinha uma amigo que tinha uma Brasília e colocávamos uma caixa de som em cima do carro e a gente ficava meio que fugindo da polícia. A gente botava o som num lugar, juntava gente e a polícia mandava tirar. A gente era meio perseguido. Agora, a gente vê aqui no Lago da Carioca tudo montado. É uma prova de como tudo mudou".
Segundo ele, o que aconteceu com o funk foi semelhante ao que houve com o samba no início do século XX . “Com certeza aconteceu com o chorinho, com o tango, com todas as músicas que foram ‘demonizadas’, antes de serem reconhecidas. Então é natural as pessoas reconhecerem uma cultura que não é fabricada, vem da população, do povo. Já está acontecendo de muitos gringos virem para o Brasil para ver o funk. Na Copa, nas Olimpíadas, vai ter muita gente procurando o funk”.
Fonte: g1.globo


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